Como é notório, a Grécia vive um momento muito difícil e decisivo em sua história. Desde quando assumiu o assumiu o poder, o primeiro ministro Alexis Tsipras, líder do Syriza, a frente de esquerda que ganhou as eleições em janeiro último, tenta costurar um acordo com a União Européia e o FMI - Fundo Monetário Internacional, para renegociação da divida do País. Por participar da zona do Euro a Grécia teve que cumprir um forte programa de austeridade econômica, a chamada 'Troika'. Um plano criado para ajudar países como Espanha, Portugal e a própria Grécia, entre outros a partir da grande crise de 2008 que fez a economia da Europa balançar. Mas o preço de ajuste imposto pelos "primos ricos" (Alemanha e França) foi um decréscimo de 25% em sua economia, desemprego em massa e carestia.
A 'Troika' exige cortes de salários, diminuição do papel do estado e suspensão de subsídios sociais. O FMI exige o pagamento imediato de 1,6 bilhões de euros, e caso os gregos não paguem o cheque até esta terça-feira (30/06), a Grécia toma um "pé na bunda" e "c'est fini" Zona do Euro.
Depois que o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que não
ampliaria seu fundo emergencial ao país, o governo grego decidiu fechar seus
bancos durante a semana e limitar os saques nos caixas automáticos a 60 euros
(US$ 66) por dia. No fim de semana, as autoridades gregas já haviam anunciado
que os bancos já não abririam na segunda-feira, o que fez com que longas filas
se formassem diante de caixas eletrônicos.
No decreto anunciando o fechamento dos bancos, o governo
grego informa que a medida foi tomada por causa da necessidade
"extremamente urgente" de proteger o sistema financeiro do país,
diante da falta de liquidez (dinheiro). No final das contas, o governo do Siryza finalmente resolveu dar um basta na sangria grega e preparar sua população para uma nova realidade sem a ajuda européia.
Bom, aqui no Brasil, para variar, a leitura da nossa mídia neoliberal é que os gregos querem dar um calote. O sistema só enxerga a população grega como um mero detalhe em meio a toda essa crise. Torço para que nossos amigos gregos quebrem literalmente os pratos. Viva Zorba!
Fonte: BBC Brasil
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